28/01/2010

fora de horas (escritório) parte 2




(continuação)

Sorri, dando a minha aprovação...
Observei-a de cima a baixo, comecei no seu cabelo que ainda estava molhado, de onde pequenas gotas escorriam pelo seu corpo, contornando todas as suas formas corporais, a sua lingerie era perfeita para a ocasião, de cor preta simples, mas ao mesmo tempo, provocante. As suas meias de ligas completavam o conjunto dando um toque sexy e os sapatos de salto alto, um toque de classe.
Enquanto me perdia nestas observações, S. esticou um dos braços e apontou para algo atrás de mim, de repente um som num tom baixo invadiu aquela divisão.
Reconheci a música e sorri, em tempos tinha-lhe enviado essa música para que ela a escutasse.
“Straight to number one” ecoava com a sua batida sensual aquecendo um pouco aquele inicio de noite fria de Outono...
S. embalava o seu corpo de encontro à ombreira da porta acompanhando o ritmo calmo e sensual dessa música, olhando-me directamente nos meus olhos.
Foi descendo em direcção ao chão de forma sensual e provocante, testando todos os meus limites, a minha vontade era de ir ao encontro dela, abraçá-la e cobri-la de beijos molhados todo o seu corpo.
Contive-me desses desejos carnais, estava-me a dar gozo ver aquela dança, a sua provocação, o seu espírito ousado com que me tinha contemplado.
Cada movimento seu, era seguido pelo meu olhar, não queria que nenhum pormenor me escapasse, a forma como se movimentava, ao ritmo da música de forma fluida, a sua lingerie que lhe assentava perfeitamente, os seus saltos altos que lhe alongavam as suas pernas, o seu olhar que me penetrava até ao fundo da alma, a sua língua que brincava com os seus lábios, num gesto claro e puro de sedução...
E eu assistia num cadeirão virado para aquele espectáculo privado num ambiente frio que se ia aquecendo a cada movimento do ponteiro dos segundos do relógio que jazia por cima dela.
S., resolvera elevar mais a fasquia e dirigiu-se a mim, puxando-me por uma mão, sugerindo que fosse de encontro a ela. Levantei-me colei o meu corpo no seu e balançámos juntos ao ritmo da música, ficando de costas coladas ao meu peito, calcorreava as minhas pernas com as suas mãos, enquanto que eu com a ponta dos dedos palmilhava todas as curvas do seu corpo... até que um silêncio frio evadiu a sala de novo.
S. virou-se de frente para mim e pôs o seu indicador encostado na minha boca, antes que esboçasse qualquer murmúrio, caminhou para a secretaria e abriu uma das gavetas, tirando uma venda de um encarnado escuro. Dirigiu-se de novo a mim, e colocou-a nos meus olhos.
Com uma mão encostada ao meu peito, empurrou-me de encontro ao cadeirão, no qual caí desamparado, ficando prostrado.
De seguida, ouvi os seus passos a afastarem-se e segundos mais tarde uma nova música tão sensual com a anterior começara a invadir de novo aquele espaço.
Senti uma respiração quente e húmida no meu pescoço, de inicio retraí-me, talvez pelo susto de não me ter apercebido da sua presença tão perto de mim. Mas depois deixei-me relaxar e embalar na música de fundo e no ritmo da sua respiração que invadia o meu pescoço.
Senti as suas mãos, a desapertarem-me a minha camisa, botão a botão... sem pressas.
A língua de S., tocava-me ao de leve num dos mamilos, acompanhada de uma respiração mais ofegante, mais calorosa. Percorreu todo o meu tronco, até chegar ao umbigo que o inundou de saliva antes de me desapertar o cinto das calças.
Desapertou-me o cinto e desabotoou o botão das calças, ao mesmo tempo que me beijava o pescoço e rapidamente puxou o fecho das calças para baixo.
Senti o meu pau enrijecer e S. sentiu-o crescer numa das suas mãos, acariciou-o de leve por cima dos boxers e depois agarrou-o firmemente soltando um suspiro de desejo.
Puxou os meus boxers lentamente, e senti a sua língua húmida a passar em todo o seu comprimento, abocanhando a cabeça. Começou um vai e vem, lento mas chupando-o com vontade, aquela vontade de tesão pura de dar e receber o mesmo prazer que se dá e tem.
Não aguentei e segurei-lhe nas ancas e puxei-lhe as cuecas de fio dental pretas para baixo, sem subtileza alguma, e puxei-a para mim para que me montasse.
Entrei nela, sem qualquer dificuldade, S. estava encharcada e facilmente encaixou-se em mim, até ao fundo, senti as suas nádegas baterem-me nas pernas e um gemido soltou-se da sua boca.
S. segurava-se ao meu pescoço com ambas as mãos enquanto me montava ao seu belo prazer, por vezes com estocadas fortes e por outras vezes, deslizando lentamente. Acelerou as batidas ao seu ritmo, à sua vontade, até que gritou bem alto e senti, o seu suco escorrer pelo meu pau...
Voltou de novo a acelerar aquela cavalgada e depressa os gemidos tímidos, foram substituídos por gritos que ecoavam nas várias divisões do escritório.
Confesso, que os gemidos e os gritos sempre me excitaram e facilmente vim-me dentro dela. Ficámos assim, a recuperar o fôlego por alguns minutos, depois senti ela sair de cima de mim, ficando prostrado no cadeirão ainda vendado.
Ouvi no fundo a água a escorrer da torneira e de novo os seus saltos altos no chão de madeira a aproximarem-se.
Riu-se e disse: “- Ainda estás assim?”
Tirei a venda e S. já estava vestida e pronta para sair. Vesti-me o mais rápido que pude e saímos juntos do prédio.
Lá fora, o dilúvio já tinha terminado, despedimo-nos à porta com um beijo na face, disse-lhe: “- Boa noite...”. Ela sorriu e acenou com a cabeça e seguimos cada um para o seu carro.

fotografia: saagen@deviantart