22/12/2009

Feliz Natal


A todos(as) que se sentam neste sofá....
desejos de um Feliz Natal!

fotografia de: ah-photography@deviantart

11/11/2009

Um facto a assinalar!

Curiosamente olhei para o contador no final da página e registei com agrado o número de 3050 visitas!

Festejei com pompa e circunstância as 1000 visitas e distraidamente deixei passar a barreira das 2000...

Para celebrar este número do qual orgulhosamente constato, não farei grandes celebrações, apenas um simples texto, do que no meu ponto de vista é importante ter visitantes no (meu/nosso) blogue.

Ao longo de 16 meses de existência, neste sofá vermelho, sentaram-se já bastantes pessoas, (não posso avançar um número porque o contador não descrimina quantas pessoas diferentes já por aqui fantasiaram), rostos mascarados que de diversas formas vieram aqui, sentaram-se e desfrutaram.

Uma certeza que tenho neste espaço de tempo, são questões, ou melhor 3050 questões para ser mais preciso, do que vivenciaram neste cantinho de fantasia...

Espero acima de tudo que tenham voltado, não uma, mas várias vezes, cativados com aquilo que por aqui leram. Outros vieram e deixaram de se sentar neste sofá vermelho, é a lei da vida, conformo-me. Mas não deixo de lamentar para mim próprio, porque vibro a cada comentário e a cada visita!

É neste pequeno registo que deixo aqui a visita 3000 assinalada, resta-me agradecer a todos os que por aqui passaram e que alguns continuarão a visitar e parabéns para todos vocês!

Obrigado.

02/11/2009

the (un)real thing...




Apetece-me algo...

... requintado...com classe... distinto... inteligente...

Apetece-me masturbar-me com palavras, devorar uma conversa e no fim, fique com um sorriso e um brilho nos olhos, sentindo que foi um tempo bem passado para mim, para ti, para ambos...

Apetece-me algo, que aqueça esta noite fria de Outono... atreves-te?

fotografia: LaarkK@deviantart
tratamento de imagem: sofasurfer

04/09/2009

Um café escaldado


Voltemos de novo ao café, não o do outro post, mas sim um outro também na zona de Lisboa.


Sento-me à mesa sozinho, com o meu caderno (sim, o mesmo do outro post) e com um café. Mexo a colher na chávena diluindo o açúcar no café amargo. Olho em volta, enquanto repito esse gesto monótono. Observo as mesas que se dispõem à minha volta. Continuo a mexer a colher e direcciono o meu olhar duas mesas à frente, um grupo de mulheres conversa animadamente, concluo que são amigas há algum tempo, pela sua linguagem corporal, pelas suas palavras sem formalismo.


Levo a chávena à boca, o café ainda quente escorre pela minha garganta e aprecio aquele momento, o sabor e o cheiro únicos que só um café oferece.

Pouso a chávena e preparo-me para escrever palavras soltas, que mais tarde se unificarão para dar sentido a qualquer coisa. Brinco com os duplos sentidos das palavras que poluem o nosso vocabulário. E constato, sorrindo que a língua portuguesa é muitíssimo rica em duplos sentidos!


Distraído neste exercício puramente de entretenimento, sinto-me observado e olho em frente. É daquela mesa, a tal cheia de mulheres que riem e conversam animadamente sobre as suas vidas quotidianas. Uma morena de olho claro, finta-me, nunca deixando de acompanhar as histórias das suas amigas, ela ri-se, mas o seu sorriso não é para mim, o destino é para as outras, as suas amigas.

Gosto de observar enquanto faço o contacto visual com outra pessoa, reparo na aliança que jaz no seu dedo anelar. Por segundos perco o interesse nela e na sua mesa. Volto ao meu caderno e escrevo a palavra anilha e sorriu, passam-me várias imagens pela cabeça contraditórias, que os duplos significados assim transmitem.

Continuo no mesmo exercício, explorando novas palavras, novas analogias, perco-me em viagens mentais, vou de um extremo ao outro à velocidade da luz, mas divirto-me comigo mesmo, masturbo-me mentalmente enquanto continuo a brincar com as palavras.


Sinto de novo a mesma sensação, a presença de alguém que me observa, só que agora já sei quem me olha e antes de largar as páginas do caderno, olho na sua direcção com um ar desinteressado, a morena de olho claro olha-me fixamente, e eu entro no seu jogo, retribuo o olhar mais intensamente, passo do jogo das palavras de duplos significados para o jogo de olhares e divertimo-nos ambos com isso.

Uma das amigas, pergunta-lhe algo, mas ela está noutra estratosfera, a amiga olha na mesma direcção e encontra-me no plano de fundo. Chama-a de novo e acorda-a daquele transe, ela surpreendida olha para a amiga.

“- Foste apanhada!” – sussurro para mim mesmo.

E dou por terminado aquele jogo.

Volto ao meu caderno, naquele dia tinha vontade de ter múltiplos orgasmos mentais e sentia que ainda estava nas preliminares. Mas, o silêncio que vinha da minha mesa, contrastava com o alarido da outra, a tal duas mesas à frente da minha.

O meu olhar volta a encontrar mais uma vez o seu, que de novo já tinha abandonado o de suas amigas. Resolvi aumentar a fasquia, curioso no que aquilo ia dar, e mostrei o meu dedo anelar, sem aliança. Ela corou levemente, não estaria à espera que apenas uma troca de olhares, levaria a uma troca de insinuações de um desconhecido, duas mesas à frente da dela.

Ela sorriu, desta vez dirigiu a mim, e disfarçadamente, debaixo da mesa tirou a sua aliança, mostrou-me agora o seu dedo anelar despido de qualquer compromisso, enquanto dirigia a sua atenção para as restantes amigas, fingindo estar a seguir a conversa.

Confesso que, fora quaisquer moralismos, gostei da sua atitude, daquela cartada jogada por ela, quando tudo levaria a que abandonasse o jogo. E por momentos, não voltou a olhar na minha direcção. Dirigi de novo a atenção ao meu caderno, e escrevi a palavra “jogo”, e pensei onde iria o seu jogo parar.

Interrompi a minha estratégia quando ouvi as cadeiras a arrastar no chão, ela e as amigas, estavam a sair do café e senti-me desiludido. Acompanho a sua saída observando todos os seus movimentos, ela não olha mais para mim. Chegou à porta e sussurrou qualquer coisa à amiga, a tal que se apercebeu no inicio e volta para trás. Vai na direcção da minha mesa e contorna-a devagar, deixa cair o seu porta-moedas, e algumas moedas espalham-se no chão. Levanto-me para a ajudar e por breves instantes estamos agachados de frente um para o outro, ela olha-me e diz baixinho: “-Segue-me…”, aceno com a cabeça, enquanto lhe entrego as moedas que se tinham espalhado no chão.

“-Obrigado.” – diz-me num tom um pouco mais alto.


Deixo-a ir para a casa de banho, numa zona recuada do café, longe de todos os olhares. Espero por momentos, olhando pelas vidraças e vejo as suas amigas, a caminharem lentamente para longe dali.

Olho em volta e procuro algum olhar mais atento, mas ninguém retribui o seu olhar e dirijo-me também aos fundos. Percorro um pequeno corredor estreito, onde no fundo se encontram as portas das casas de banho. Ela espera no seu interior, e mal passo à porta, ela puxa-me para dentro desta.

Beija-me furiosamente, enquanto me leva, para dentro de uma das divisórias, fecha a porta atrás de si e começa a desabotoar a sua camisa branca e diz-me sem rodeios: “- Fode-me, temos pouco tempo…”

Agarro-a nas ancas e obrigo a rodar, fica de costas para mim, ponho a minha mão por dentro da camisa e sinto um dos seus mamilos duros de tanta tesão, a sua respiração é ofegante, enquanto com uma mão procura o meu pau que se põe duro para ela.

Baixo-lhe as calças ela inclina-se para mim apoiando a mão no autoclismo. O seu rabo empina exibindo as suas nádegas tonificadas, que se juntam sobre o fio dental de cor rosa choque. Contemplo-a por breves instantes e agarro-lhe os cabelos pretos ligeiramente ondulados, e com uma mão toco-lhe dos seus lábios vaginais encharcados, aproximo a minha boca ao seu ouvido e segredo-lhe: “- É assim que gostas?”

“ - Hum, hum” – murmura, entre dentes, dando o seu consentimento.

Puxo o seu cabelo com mais força para junto do meu corpo que se inclina para ela, enquanto molho com saliva dois dedos da minha mão livre e penetro-os dentro dela.

Ela sente o vai e vem dos meus dedos que cada vez mais depressa e ritmadamente a penetram e geme, baixinho.

Sinto as mãos encharcadas do seu suco, ao mesmo tempo que as suas pernas estremecem em espasmos involuntários, ela quase que cai sobre os seus joelhos naquele momento de fraqueza em que vai e volta na sua viagem orgásmica. Recompõe-se ao fim de alguns momentos e vira-se para mim, agachando-se à minha frente e puxa-me as calças para baixo, deixando exposto o meu pau duro.

Agarra-o sem meiguice e começa a acariciá-lo lentamente, abocanha-o deixando-o todo molhado e repete os mesmos movimentos mas cada vez mais velozes. Sente que já estou pronto e senta-me na sanita, de costas monta-me por cima e domina-me em todos os sentidos, acaricio-lhe o clítoris ao ritmo ditado por ela, nos seus movimentos por cima de mim.

Ela pressente o meu orgasmo, e sai de cima de mim, mergulhando os seus lábios no meu pau, sugando-o como se quisesse levar com ela o meu leite guardado dentro de si. Os seus olhos verdes olham-me fixamente e eu sorrio para ela. Quando retomo a compostura já ela apertava a sua camisa e puxava as calças para cima, piscou-me o olho e sorriu, saindo da casa de banho, deixando-me despido a olhar para ela.


Vesti-me e corri atrás dela, para lhe perguntar o nome e combinar um café, à mesma hora noutro dia da semana, mas quando saí do café, ela já se tinha encontrado com as amigas mais à frente no fundo da rua. Regressei ao café e reparei no mesmo ambiente que estava instalado, as mesmas personagens, como se o tempo ali tivesse parado por breves segundos…


Fotografia: Vladimir Borowicz@Devian Art

Tratamento de imagem: sofasurfer

02/04/2009

Porta indiscreta


Já era habitual um grupo de amigos passar férias juntos em Setembro durante uma semana numa casa no Algarve.

A casa ficava cheia de casais e também de solteiros, mas apesar da aparente confusão gerada por tantas pessoas juntas num só espaço, tudo corria de forma ordeira.

Um dia, após o regresso da praia, já de noite, fomos tomar banho revezadamente, na única casa de banho disponível. Nesta habitual espera, aproveitávamos e bebíamos umas cervejas enquanto conversávamos no pátio pertencente à moradia.

A meio de uma mini, surgiu J de cabelo molhado vindo de banho tomado e disse-me:

“ – É a tua vez, a casa de banho já está desocupada.”

Bebi em dois golos a cerveja que ainda restava na garrafa, e de seguida, dirigi-me para o interior da casa. Caminhei até ao fundo do corredor, mas algo me chamou a atenção vindo do quarto em frente à casa de banho.

Intrigado, olhei pela porta semi-aberta, para o interior deste. Fiquei estático com o que vi, M estava com uma toalha enrolada à cintura e espalhava um creme pelo corpo, totalmente alheia à minha presença.

Um nervosismo percorreu-me pelo corpo, como se fosse uma corrente eléctrica, aquela situação colocava-me no lugar de um voyeur e se fosse apanhado, nada do que dissesse, justificaria a minha presença à porta daquele quarto.

Inconscientemente, assumi o risco, a sensação de perigo aliada ao proibido, foi mais que uma razão mas, acima de tudo, um estimulante para ficar a observá-la.

M espalhava o creme, diante de um espelho e admirava-se em frente a este. Passou as suas mãos nos seus peitos que eram grandes, fazendo movimentos lentos e circulares. Ouvi um suspiro abafado vindo da sua boca, enquanto semi-cerrou os olhos, começando a mordiscar com as pontas dos dedos os seus mamilos que agora se encontravam erectos.

Fascinado, com aquele espectáculo privado, permaneci imóvel, contemplando os seus mamilos duros, cheios de tesão.

M deixou cair a toalha lentamente no chão, ficando totalmente nua diante do espelho. A sua face estava vermelha, com um rubor de quem estava a ter prazer naquele momento íntimo.

Desceu uma das mãos e começou a acariciar a sua púbis, soltando um novo suspiro.

O que antes era apenas um gesto diário após um banho, tornou-se numa experiencia íntima. M tocava-se sensualmente, sem nunca imaginar que estaria a partilhar aquela experiencia comigo. Por baixo dos meus calções de banho, erguia-se o volume do meu pau que já estava duro e deu-me vontade de entrar no quarto e proporcionar-lhe um pouco mais de prazer, ou pelo menos, partilhar esse mesmo prazer em simultâneo.

Mas mesmo que essa vontade louca de entrar naquele quarto fosse difícil de controlar, não o fiz. M estava casada com J, e isso seria contra todos os meus princípios, alem de que nunca saberia qual a reacção de M e os seus efeitos.

Continuei apenas a observá-la, nunca saindo da frente do espelho, onde tirando proveito da sua própria imagem reflectida, continuava a dar prazer a si própria, de uma forma cada vez mais descontrolada. O seu corpo estava ligeiramente bronzeado, sem exageros, já que a sua pele era clara. Mas apesar disso, estava desenhado no seu corpo as marcas do biquíni, o qual achava extremamente sensual, evidenciando ainda mais pelo contraste os seus mamilos duros, prestes a rebentar de tesão.

M estava totalmente depilada, tendo apenas uma estreita risca que aparecia e desaparecia conforme o movimento dos seus dedos tocando no seu clítoris. Levei uma mão junto do meu sexo e comecei também a acariciá-lo por debaixo dos calções, de uma forma pausada apenas sentindo a dureza de toda a tesão com que estava naquele momento.

M soltou um outro gemido, que se evidenciou de todos os outros, as suas pernas fraquejaram enquanto mantinha os dedos dentro dos seus lábios vaginais, durante o orgasmo. De repente, vindo do exterior da casa uma voz ecoou no seu interior, era J que chamava M, dirigindo-se para dentro de casa ao seu encontro. Apercebendo-me da sua vinda, refugiei-me na casa de banho, ainda sem que M me tivesse visto à porta do seu quarto.

Tomei um banho rápido, dando lugar aos outros que ainda não tinham tomado banho. Saí da casa de banho, e vi M já vestida no quarto, os nossos olhares cruzaram-se por breves instantes e ambos corámos, mas não trocamos qualquer palavra.

Nesse dia, depois de todos estarem despachados, fomos jantar a um restaurante, eu e M trocámos olhares por diversas vezes, nunca achei que fossem condenatórios por tê-la visto naquele momento íntimo, penso que ela teve vergonha por a ter visto, mas ao mesmo tempo, surgiu uma cumplicidade silenciosa apesar de nunca termos tocado no assunto.

Hoje em dia, por diversas vezes penso nisso e questiono-me se naquele dia, deveria ter arriscado a entrar naquele quarto?

Fotografia: Autor desconhecido, Modelo - Nicole

18/03/2009

1000!

Não podia deixar passar esta ocasião!
Nestesofavermelho já está com 1000 visitas!!
Como não sou nada bom neste tipo de mensagens, deixo-vos um brinde a todos/as vocês que se sentam por aqui...

Tchin tchin?




Fotografia: gettyimages

12/03/2009

Um Carnaval diferente...


Nunca fui muito fã dos Carnavais de rua, melhor dizendo, dos nossos Carnavais. Falta-nos o calor, os corpos suados, o samba genuíno e espontâneo que uma vez escutei numa rua de Olinda, no nordeste brasileiro. Falta-nos o despreconceito, o pé no chinelo ao lado do colarinho branco e nó de gravata.

Num Carnaval, fui convidado para uma festa privada, num ambiente selecto, um pequeno grupo de amigos da anfitriã, na sua casa. A única obrigatoriedade era irmos mascarados. Embora não conhecesse muito bem os restantes convidados, era muito amigo da anfitriã e só por esse facto, aceitei o seu convite sem hesitar. Não demorei muito a escolher a minha máscara, esse ano seria de Highlander, o guerreiro das terras altas da Escócia.

Para evitar imprevistos, (um furo no pneu, por exemplo), combinei que só iria pôr o kilt quando chegasse a sua casa. Chegando lá, a festa já tinha começado, os convidados mascarados e animados conversando alto entre eles.

À porta F. recebe-me, com uma gabardine vermelha, com botas de cano alto pretas, e uma máscara veneziana em tons vermelhos e dourados, com uma mão agarrava num chicote que completava a sua fantasia misteriosa.

Beijei-lhe a mão, porque a sua cara estava coberta com a máscara, deixando apenas o queixo e a boca exposto, e segredei-lhe ao ouvido: “- Estás tesuda…”. F. sorriu e seguiu-me com o seu olhar enquanto me dirigi à casa de banho para me fantasiar.

Vesti o meu kilt, pintei a cara de azul com uma cruz branca (as cores da bandeira da Escócia) e uma camisa branca justa ao corpo.

Cheguei à sala, cumprimentando cada um dos convidados, todos tinham uma fantasia diferente, P. vestia uma túnica castanha com um cordão branco em volta, T. um hábito de freira, P. coberto de cabedal como um cowboy do asfalto, C. de criada com uma mini saia bem sugestiva e M. coberta de seda e lantejoulas, encarnava numa sexy dançarina do ventre.

Obviamente que ninguém ficou indiferente ao meu traje, os olhares das meninas presentes, iam em direcção às minhas pernas e ao kilt e quase lhes adivinhei os pensamentos, mas logo uma delas tentou tirar a curiosidade: “- Os verdadeiros escoceses não usam nada por baixo…”, de seguida a gargalhada foi de uma cumplicidade geral, quase apostava que cada uma delas tinha essa afirmação na ponta da língua.

Nunca revelei a verdade, mas insistentemente tudo servia de piada e com o arrastar da noite virou o assunto principal da festa. Estava um bom ambiente e todos estavam divertidos e sem grande discussão, acordámos todos em ficar por ali.

Pouco tempo depois M., a dançarina do ventre, foi a primeira a sair e por muito que insistíssemos para que ela dançasse um pouco, a verdade é que nunca o fez.

Um pouco mais tarde, o padre e a freira também nos abandonaram, dizendo que tinham umas missas pouco católicas ainda para rezar antes de dormir.

Sobrámos 4, mas já se denunciava o fim da festa, resolvemos jogar cartas e beber mais uns copos, depois de uma hora de batota, resolvemos dar por terminada a festa.

Pedi à anfitriã que me deixasse usar uma ultima vez a casa de banho, para tirar a pintura da cara e a fantasia, o casal disse que ia andando, desculpando-se com o cansaço e uns copos a mais, despedi-me deles junto ao hall de entrada juntamente com a anfitriã.

Ao dirigir-me à casa de banho, F. perguntou-me: “ – Agora que estamos só nós dois, diz-me o que tens debaixo do kilt?”

Olhei para trás, na sua direcção e perguntei-lhe: “ – Estás assim tão curiosa?”

“ – Desde que saíste da casa de banho…” – respondeu-me, mordendo o lábio.

“ – Então, vamos fazer uma brincadeira… Tens uma venda?”

“- Hummm… tenho… porquê?”

“- Vai buscá-la e não perguntes mais nada!” – respondi-lhe.

F. ausentou-se por breves instantes, indo ao seu quarto, trazendo consigo uma fita de prender o cabelo, castanha escura.

“-Serve?” – perguntou.

“- Perfeitamente!” – respondi.

Retirei-lhe a venda das mãos e coloquei as mão sobre os seus ombros, fazendo com que ficasse de costas para mim, cuidadosamente vendei os seus olhos e encaminhei-a para a sala, sentando-me no sofá.

F. ficou diante de mim em pé, imóvel e sem saber o que fazer.

“- Ajoelha-te e satisfaz a tua curiosidade, mas não podes tirar a venda.” – disse-lhe.

F. baixou-se cuidadosamente, não tendo nenhum ponto visual como referência, com a ajuda das suas mãos foi apalpando terreno.

Descobriu o meu joelho, onde se apoiou para se baixar diante de mim. Foi tocando-me numa das pernas e subindo em direcção ao meu sexo. À medida que se ia aproximando, F. revelou um sorriso promíscuo, a sua expressão mostrava um prazer intenso naquele desafio inesperado. A sua respiração aumentava de frequência a cada palmilhar das suas mãos ao longo das minhas pernas.

Confesso que aquela hesitação de F. me excitava e facilmente, o meu pau ficou duro, mesmo antes de ela o tocar. Dava a impressão que ela demorava propositadamente e por diversas vezes recuava, mesmo antes de tocar no meu sexo e quando o fazia, sorria, fazendo um jogo de sedução com as pontas dos seus dedos, brincando ao gato e ao rato.

Quando me tocou, não o fez delicadamente, porque já se apercebera que o meu pau a esperava duro e agarrou-o firmemente, fazendo um sorriso de satisfação por aquele esperado encontro com o meu sexo.

Acariciou-o de ponta a ponta, sentindo-o através do tacto, cada centímetro com a sua mão trémula e suada pelo nervosismo e excitação.

Sem que o esperasse, F. mergulhou a sua boca no meu pau, dando uma chupadela vigorosa, deixando-o bem molhado. Repentinamente, levantou-se e tirou a venda. Olhando fixamente nos meus olhos, despiu a sua gabardine vermelha lentamente num ritmo sensual, revelando apenas uma lingerie preta.

“ - Agora é a tua vez…” – desafiou-me. “ - … põe a venda!”, atirando-a para o meu colo.

Acedi ao seu desafio e coloquei a venda nos meus olhos, enquanto F. sentou-se no sofá ao meu lado.

“ – Quero que me explores, usando apenas a boca e a língua!” – ordenou.

Com a boca, fui procurando uma parte do seu corpo, tocando-lhe com os lábios no joelho. Tinha achado um ponto de partida para a minha exploração que ela tanto desejava e eu também queria.

Beijei-lhe o joelho, e com a língua fui trilhando um caminho em direcção ao seu ventre, percorri os limites das suas cuecas, fazendo com que F. soltasse uns suspiros quanto mais me aproximava da sua vagina.

Alinhei no mesmo jogo de F., em ténues avanços e muitos recuos, deixando-a inquieta. A sua respiração alterava-se claramente, como que me pedindo mais do que aquilo que lhe estava a oferecer.

“Põe-te de quatro…” – segredei-lhe ao ouvido, senti-a mexer-se em cima do sofá, acartando a minha ordem sem dizer uma palavra. Aproximei-me das suas nádegas com a boca, passei a língua numa delas pelas suas curvas, percorri um novo caminho junto dos limites mínimos do fio dental.

Sem que ela esperasse, passei a língua no seu sexo e de seguida suguei-a, por cima das cuecas, fazendo com que soltasse um suspiro abafado. Mesmo não estando nua, senti-a bem húmida e o seu sabor era bem agradável.

Inspirei profundamente. O cheiro a sexo era intenso, as feromonas irresistivelmente pairavam no ar, dando um pouco mais de excitação já àquele clima carregado de tesão.

“ – Pára!” – exclamou alto.

De repente, F. invadiu-me com as suas mãos, despindo-me a camisa e de seguida tirou-me o kilt, deixando-me todo nu diante de si. Antes de tirar a venda, já F. me fazia uma oral, desta vez com uma vontade quase sôfrega de me dar e ter prazer.

Tirei-lhe o soutien e as cuecas e penetrei-lhe com dois dedos, anteriormente encharcados na minha saliva.

Era F. que impunha o ritmo com a sua boca, enquanto a acompanhava com os meus dedos dentro dela. Pouco tempo depois, o corpo de F. estremecia, num orgasmo, deixando os meus dedos encharcados.

Peguei nela e de quatro penetrei-a até ao fundo, F. acompanhou o movimento com as suas ancas, a um ritmo forte e intenso, cheio de tesão. Pedia-me para ir mais fundo, apesar de ambos sabermos que não era possível.

Com uma mão, agarrei-lhe os cabelos e puxei-os para mim, uma coisa que F. já me tinha confidenciado que a excitava, numa das longas conversas que tivéramos noutros tempos.

“ - Vamos para a banheira…” – sugeriu.

Segui-a pelo corredor, ela ligou a água que corria ainda fria, com uma das mãos, apertei-lhe um dos seus seios e deixei que a outra escorregasse para o seu sexo, acariciei-lhe o clítoris, F. respondeu agarrando o meu pau com firmeza, sacudindo-o lentamente, enquanto nos beijámos num linguado bem molhado.

Com o vapor de água envolvendo toda a casa de banho, F. entrou na banheira virando-se para a parede apoiando ambas as mãos nesta. Empinou o seu rabo, fazendo o convite para que a penetrasse de novo por trás.

A água quente escorria pelos nossos corpos e a pintura que tinha na cara diluía-se pelo ralo da banheira. Segurei-lhe as ancas, impondo o mesmo ritmo forte que tínhamos imprimido no sofá.

“ – Não pares agora, enterra-me com força…” – segredou ela.

Acedi ao seu pedido, sabendo que estaria a vir-se brevemente, agarrei-lhe firmemente de novo nos cabelos, enquanto que com a ponta dos dedos esfreguei o seu clítoris que estava inchado prestes a explodir num novo orgasmo.

“ – Vem-te comigo!” – disse ela, no meio de um gemido.

Logo de seguida, ambos nos viemos, debaixo daquela corrente de água quente.



Fotografia: Ricardo Jorge Miguel Soares@olhares.com

Resultados da Sondagem

Em Janeiro acrescentei um elemento novo a este layout, por curiosidade gostava de saber a opinião dos que se sentam nestesofavermelho sobre as histórias aqui publicadas.
Curiosidade por saber qual a história preferida, curiosidade de saber o que vai nas preferências de quem (me) visita.

Acabei por não chegar a nenhuma conclusão, porque a participação foi fraca e confesso ter tido maiores expectativas. Desiludido? Não!
E também não critico, porque sinto no meu intimo que não tenho que criticar, desde o inicio deste blog, a única exigência que pedi, foi que se instalassem e ficassem à vontade. E foi isso que todos têm feito. Mudei de sofá, porque de vez em quando devemos mudar alguma coisa mas espero sinceramente que as mesmas pessoas que já o frequentam, voltem sempre.
Não procuro popularismos, fico feliz se essas mesmo cinco pessoas que votaram continuem a voltar cá com a mesma postura que tiveram desde a sua primeira visita (embora saiba que são muito mais que cinco pessoas. Ser um blog popular não está de certeza nos meus objectivos. E não foi com esse intuito que criei este blog, quis dar algo sem pedir nada em troca, oferecer fantasias que já foram realidades para mim e outras que não passam de meras fantasias. Mas para mim o importante é partilhar.

Em conversas posteriores, com alguém que frequenta nestesofavermelho, foi-me dito que esse tipo de iniciativas não têm lugar neste blog, porque a maioria de quem por aqui se senta, não gosta de responder a sondagens. Vêm com o intuito de sentir a pele do sofá e deliciar-se com uma história.
Na altura, não compreendi essa crítica (positiva e construtiva), mas hoje começo a entender e até a concordar. Obrigado R. por me mostrares outra perspectiva.

Como vou retirar os resultados da sondagem, fica para a memória a publicação dos resultados neste post, sendo assim:
"Qual a tua história preferida das que já foram publicadas?"
(5 votos apurados)
"Gostei de todas." (40%)
"Estacionamento proibido" (20%)
"Numa noite fria de Inverno..." (20%)
"Não gostei de nenhuma" (20%)

Só me resta agradecer aos que votaram.
Obrigado mesmo! Voltem sempre!

22/01/2009

Sondagem >>>

Tenho feito umas mini-obras aqui no nosso cantinho.
Mudei o papel de parede e um sofá (vermelho) novo, o outro já estava muito gasto de tanta gente a vir até aqui.

Juntei no lado direito, uma sondagem à cerca do que por aqui se contou, espero que participem. Não custa nada, não precisam de trazer nenhum documento, nem se precisam de recensear na junta de freguesia.

Este blog vai a votos por isso toca a usar o vosso direito cívico como frequentadores deste blog!

21/01/2009

Duas telas de computador...




Duas telas de computador… ligadas virtualmente… uma cidade a adormecer… lua cheia num céu negro… gorda… gulosa… convidando a loucuras… o lado selvagem à flor da pele… vejo-te online… hesito… falas comigo… como se tivesses adivinhado os meus pensamentos… respondo-te timidamente… com delicadeza… sei que aprecias isso… eu também… mas hoje é noite de lua cheia… deixas de parte os cavalheirismos… e confessas… “apetece-me foder”… o sentimento é recíproco… “a mim também” – respondo-te… silêncio… a conversa parece ter morrido por ali… mas apenas por uns instantes… voltas à carga… “estou molhada” – revelas-me… excitas-me… sinto o meu caralho duro… a pulsar dentro das calças… estou cheio de tesão… imagino-te com os calcanhares apoiados na mesa… recostada sobre a cadeira… as pernas afastadas… uma mão dentro das cuecas… pretas… fio dental… com a outra, acaricias um dos seios… que espreita do teu sutiã preto… imaginas-me nu… fechas os olhos… vês-me tocar-me diante de ti… molhas dois dedos com a tua saliva… acaricias o teu clítoris inchado… teso… na ponta dos teus dedos encontras a minha língua… que te chupa e lambe a um ritmo frenético… gemes… baixinho… enquanto tens o primeiro orgasmo da noite… queres parar… já sentes o fogo que arde dentro de ti, mais brando… mas o efeito lunar é fodido… deixas cair a cabeça para trás… enfias dois dedos dentro de ti… os mesmos que te levaram ao teu primeiro orgasmo… imaginas o meu pau a comer-te… levas à boca a outra mão… chupas o polegar… como se tivesses a fazer-me um broche… num vai e vem intenso… profundo… vens-te de novo… mas continuas… estás fora de ti… insaciável… queres que me venha… mas não para já… continuas a chupar o polegar… com vontade… com tesão… que se mexe irrequieto… como te querendo foder a boca toda… os dois dedos enterram-se cada vez mais fundo na tua cona… dás um grito… e vens-te mais uma vez… tens a sensação que tivemos um orgasmo ao mesmo tempo… suada e satisfeita dessa tua fome… sorris e abres os olhos… prostrada na cadeira… diante da tela do teu computador… estás sozinha… são apenas duas telas de computador… ligadas virtualmente… e uma cidade já adormecida… soltas uma frase… em surdina… “- ... Era bom que estivesses aqui!”

Fotografia: gettyimages.com

Novidades

Não tenho o hábito de escrever vários posts de rajada, gosto de publicar um post de vez em quando, porque gosto de apreciar cada história que precisa do seu tempo para ser apreciada.
Nunca foi meu hábito e pessoalmente não gosto da inundação de posts, porque o meu objectivo para este blog nunca foi esse.
Prefiro escrever pouco mas bem, ao invés de todo os dias inventar histórias dando a uma banalidade de posts.

Para 2009, estou a pensar colocar este blog mais participativo, através de desafios e outras iniciativa, mas para isso preciso da vossa ajuda, porque sozinho não o vou conseguir.
É uma ideia que já anda a amadurecer na minha cabeça faz algum tempo, quero alargar o tipo de conteúdo, porque penso que irá enriquecer mais ainda este blog.

Espero de vocês o mesmo que vocês esperam de mim, uma partilha sem esperar nada em troca, sem ser essa mesma troca.

Brevemente postarei iniciativas.

Pedido de desculpas

Tenho estado ausente deste blog, não por falta de inspiração ou de não querer relatar outras histórias. De certa forma penso que tenho desiludido a quem se vem sentar neste sofá vermelho, que têm crescido de dia para dia, mas por motivos de força maior não pude vir aqui, nem de espreitar os outros blogs que tanto admiro. Espero agora ser uma visita mais frequente e espero que a vossa também o seja.

Obrigado pelas vossas visitas e pelo interesse demonstrado até agora, os vossos elogios demonstrados pelos vossos comentários têm sido uma força para poder continuar aqui a escrever.

Desejo, embora tardiamente, um grande 2009, para vocês que são gigantes pela forma como carinhosamente acolheram este nosso cantinho na blogosfera.

Beijos, montes deles e aquele abraço.