12/03/2009

Um Carnaval diferente...


Nunca fui muito fã dos Carnavais de rua, melhor dizendo, dos nossos Carnavais. Falta-nos o calor, os corpos suados, o samba genuíno e espontâneo que uma vez escutei numa rua de Olinda, no nordeste brasileiro. Falta-nos o despreconceito, o pé no chinelo ao lado do colarinho branco e nó de gravata.

Num Carnaval, fui convidado para uma festa privada, num ambiente selecto, um pequeno grupo de amigos da anfitriã, na sua casa. A única obrigatoriedade era irmos mascarados. Embora não conhecesse muito bem os restantes convidados, era muito amigo da anfitriã e só por esse facto, aceitei o seu convite sem hesitar. Não demorei muito a escolher a minha máscara, esse ano seria de Highlander, o guerreiro das terras altas da Escócia.

Para evitar imprevistos, (um furo no pneu, por exemplo), combinei que só iria pôr o kilt quando chegasse a sua casa. Chegando lá, a festa já tinha começado, os convidados mascarados e animados conversando alto entre eles.

À porta F. recebe-me, com uma gabardine vermelha, com botas de cano alto pretas, e uma máscara veneziana em tons vermelhos e dourados, com uma mão agarrava num chicote que completava a sua fantasia misteriosa.

Beijei-lhe a mão, porque a sua cara estava coberta com a máscara, deixando apenas o queixo e a boca exposto, e segredei-lhe ao ouvido: “- Estás tesuda…”. F. sorriu e seguiu-me com o seu olhar enquanto me dirigi à casa de banho para me fantasiar.

Vesti o meu kilt, pintei a cara de azul com uma cruz branca (as cores da bandeira da Escócia) e uma camisa branca justa ao corpo.

Cheguei à sala, cumprimentando cada um dos convidados, todos tinham uma fantasia diferente, P. vestia uma túnica castanha com um cordão branco em volta, T. um hábito de freira, P. coberto de cabedal como um cowboy do asfalto, C. de criada com uma mini saia bem sugestiva e M. coberta de seda e lantejoulas, encarnava numa sexy dançarina do ventre.

Obviamente que ninguém ficou indiferente ao meu traje, os olhares das meninas presentes, iam em direcção às minhas pernas e ao kilt e quase lhes adivinhei os pensamentos, mas logo uma delas tentou tirar a curiosidade: “- Os verdadeiros escoceses não usam nada por baixo…”, de seguida a gargalhada foi de uma cumplicidade geral, quase apostava que cada uma delas tinha essa afirmação na ponta da língua.

Nunca revelei a verdade, mas insistentemente tudo servia de piada e com o arrastar da noite virou o assunto principal da festa. Estava um bom ambiente e todos estavam divertidos e sem grande discussão, acordámos todos em ficar por ali.

Pouco tempo depois M., a dançarina do ventre, foi a primeira a sair e por muito que insistíssemos para que ela dançasse um pouco, a verdade é que nunca o fez.

Um pouco mais tarde, o padre e a freira também nos abandonaram, dizendo que tinham umas missas pouco católicas ainda para rezar antes de dormir.

Sobrámos 4, mas já se denunciava o fim da festa, resolvemos jogar cartas e beber mais uns copos, depois de uma hora de batota, resolvemos dar por terminada a festa.

Pedi à anfitriã que me deixasse usar uma ultima vez a casa de banho, para tirar a pintura da cara e a fantasia, o casal disse que ia andando, desculpando-se com o cansaço e uns copos a mais, despedi-me deles junto ao hall de entrada juntamente com a anfitriã.

Ao dirigir-me à casa de banho, F. perguntou-me: “ – Agora que estamos só nós dois, diz-me o que tens debaixo do kilt?”

Olhei para trás, na sua direcção e perguntei-lhe: “ – Estás assim tão curiosa?”

“ – Desde que saíste da casa de banho…” – respondeu-me, mordendo o lábio.

“ – Então, vamos fazer uma brincadeira… Tens uma venda?”

“- Hummm… tenho… porquê?”

“- Vai buscá-la e não perguntes mais nada!” – respondi-lhe.

F. ausentou-se por breves instantes, indo ao seu quarto, trazendo consigo uma fita de prender o cabelo, castanha escura.

“-Serve?” – perguntou.

“- Perfeitamente!” – respondi.

Retirei-lhe a venda das mãos e coloquei as mão sobre os seus ombros, fazendo com que ficasse de costas para mim, cuidadosamente vendei os seus olhos e encaminhei-a para a sala, sentando-me no sofá.

F. ficou diante de mim em pé, imóvel e sem saber o que fazer.

“- Ajoelha-te e satisfaz a tua curiosidade, mas não podes tirar a venda.” – disse-lhe.

F. baixou-se cuidadosamente, não tendo nenhum ponto visual como referência, com a ajuda das suas mãos foi apalpando terreno.

Descobriu o meu joelho, onde se apoiou para se baixar diante de mim. Foi tocando-me numa das pernas e subindo em direcção ao meu sexo. À medida que se ia aproximando, F. revelou um sorriso promíscuo, a sua expressão mostrava um prazer intenso naquele desafio inesperado. A sua respiração aumentava de frequência a cada palmilhar das suas mãos ao longo das minhas pernas.

Confesso que aquela hesitação de F. me excitava e facilmente, o meu pau ficou duro, mesmo antes de ela o tocar. Dava a impressão que ela demorava propositadamente e por diversas vezes recuava, mesmo antes de tocar no meu sexo e quando o fazia, sorria, fazendo um jogo de sedução com as pontas dos seus dedos, brincando ao gato e ao rato.

Quando me tocou, não o fez delicadamente, porque já se apercebera que o meu pau a esperava duro e agarrou-o firmemente, fazendo um sorriso de satisfação por aquele esperado encontro com o meu sexo.

Acariciou-o de ponta a ponta, sentindo-o através do tacto, cada centímetro com a sua mão trémula e suada pelo nervosismo e excitação.

Sem que o esperasse, F. mergulhou a sua boca no meu pau, dando uma chupadela vigorosa, deixando-o bem molhado. Repentinamente, levantou-se e tirou a venda. Olhando fixamente nos meus olhos, despiu a sua gabardine vermelha lentamente num ritmo sensual, revelando apenas uma lingerie preta.

“ - Agora é a tua vez…” – desafiou-me. “ - … põe a venda!”, atirando-a para o meu colo.

Acedi ao seu desafio e coloquei a venda nos meus olhos, enquanto F. sentou-se no sofá ao meu lado.

“ – Quero que me explores, usando apenas a boca e a língua!” – ordenou.

Com a boca, fui procurando uma parte do seu corpo, tocando-lhe com os lábios no joelho. Tinha achado um ponto de partida para a minha exploração que ela tanto desejava e eu também queria.

Beijei-lhe o joelho, e com a língua fui trilhando um caminho em direcção ao seu ventre, percorri os limites das suas cuecas, fazendo com que F. soltasse uns suspiros quanto mais me aproximava da sua vagina.

Alinhei no mesmo jogo de F., em ténues avanços e muitos recuos, deixando-a inquieta. A sua respiração alterava-se claramente, como que me pedindo mais do que aquilo que lhe estava a oferecer.

“Põe-te de quatro…” – segredei-lhe ao ouvido, senti-a mexer-se em cima do sofá, acartando a minha ordem sem dizer uma palavra. Aproximei-me das suas nádegas com a boca, passei a língua numa delas pelas suas curvas, percorri um novo caminho junto dos limites mínimos do fio dental.

Sem que ela esperasse, passei a língua no seu sexo e de seguida suguei-a, por cima das cuecas, fazendo com que soltasse um suspiro abafado. Mesmo não estando nua, senti-a bem húmida e o seu sabor era bem agradável.

Inspirei profundamente. O cheiro a sexo era intenso, as feromonas irresistivelmente pairavam no ar, dando um pouco mais de excitação já àquele clima carregado de tesão.

“ – Pára!” – exclamou alto.

De repente, F. invadiu-me com as suas mãos, despindo-me a camisa e de seguida tirou-me o kilt, deixando-me todo nu diante de si. Antes de tirar a venda, já F. me fazia uma oral, desta vez com uma vontade quase sôfrega de me dar e ter prazer.

Tirei-lhe o soutien e as cuecas e penetrei-lhe com dois dedos, anteriormente encharcados na minha saliva.

Era F. que impunha o ritmo com a sua boca, enquanto a acompanhava com os meus dedos dentro dela. Pouco tempo depois, o corpo de F. estremecia, num orgasmo, deixando os meus dedos encharcados.

Peguei nela e de quatro penetrei-a até ao fundo, F. acompanhou o movimento com as suas ancas, a um ritmo forte e intenso, cheio de tesão. Pedia-me para ir mais fundo, apesar de ambos sabermos que não era possível.

Com uma mão, agarrei-lhe os cabelos e puxei-os para mim, uma coisa que F. já me tinha confidenciado que a excitava, numa das longas conversas que tivéramos noutros tempos.

“ - Vamos para a banheira…” – sugeriu.

Segui-a pelo corredor, ela ligou a água que corria ainda fria, com uma das mãos, apertei-lhe um dos seus seios e deixei que a outra escorregasse para o seu sexo, acariciei-lhe o clítoris, F. respondeu agarrando o meu pau com firmeza, sacudindo-o lentamente, enquanto nos beijámos num linguado bem molhado.

Com o vapor de água envolvendo toda a casa de banho, F. entrou na banheira virando-se para a parede apoiando ambas as mãos nesta. Empinou o seu rabo, fazendo o convite para que a penetrasse de novo por trás.

A água quente escorria pelos nossos corpos e a pintura que tinha na cara diluía-se pelo ralo da banheira. Segurei-lhe as ancas, impondo o mesmo ritmo forte que tínhamos imprimido no sofá.

“ – Não pares agora, enterra-me com força…” – segredou ela.

Acedi ao seu pedido, sabendo que estaria a vir-se brevemente, agarrei-lhe firmemente de novo nos cabelos, enquanto que com a ponta dos dedos esfreguei o seu clítoris que estava inchado prestes a explodir num novo orgasmo.

“ – Vem-te comigo!” – disse ela, no meio de um gemido.

Logo de seguida, ambos nos viemos, debaixo daquela corrente de água quente.



Fotografia: Ricardo Jorge Miguel Soares@olhares.com

4 comentários:

Pearl disse...

Não sendo propriamente amante do Carnaval, considero que o teu Carnaval foi muito interessante...

Que caiam as máscaras!

beijo desmascarado:)

Sofa Surfer disse...

Pearl,
Ainda bem que gostaste...
... mas por vezes as mascaras não se devem deixar cair porque associam-se ao misterio que pode ser o picante da rotina...

Bjo grande

Prazeroso disse...

Excelente carnaval sem dúvida...prazeroso, luxuriante...

Sofa Surfer disse...

Obrigado Prazeroso pelo teu comentário.

Abraço,
sofasurfer