24/11/2008

Numa noite fria de Inverno...


O Inverno convida a encontros dentro de casa, fugimos do frio que aperta lá fora, para nos refugiarmos no calor de uma sala, de um grupo de amigos. Apreciar esses momentos é algo que a vida nos pode trazer de melhor…

Num Inverno não muito distante, combinou-se um jantar na casa de um casal amigo. O pacto foi selado com a promessa que levaria uma companhia. Na altura, convidei uma amiga que esta envolvido numa relação descomprometida.

R. é uma mulher fascinante em todos os sentidos, apesar da sua beleza exterior ser mais que óbvia, a sua simpatia e o seu modo de estar na vida, era a companhia ideal para aquele jantar.

À hora combinada, entrámos na casa do casal anfitrião e pusemo-nos confortáveis, deixando os pesados sobretudos no cabide do hall de entrada.

Jantámos sem demoras, numa conversa entre amigos sem o tom cerimonial de um qualquer jantar formal.

Ficámos um pouco mais, sentados à mesa, contando histórias mundanas e peripécias da vida, assuntos normalíssimos, que fazem parte de todas as conversas entre amigos.

Para fechar aquela bela refeição, dirigi-me à varanda para fumar um cigarro, sendo acompanhado pelo anfitrião. Entre duas passas no cigarro, ele confessou-me, sem grandes rodeios, que se tinha sentido atraído por R.

Aquela revelação, não me tinha causado espanto, tinha a consciência do aspecto exterior de R. aliado à sua simpatia, não deixava qualquer homem indiferente. Até já me tinha questionado por repetidas vezes, o que R. teria visto em mim, o que a minha pessoa a atrairia tanto…

Respondi-lhe: “-É normal, só um cego é que não se sentiria atraído…”

Terminámos o cigarro e dirigimo-nos à sala, onde se encontravam R. e D., numa conversa típica de mulheres enquanto desfolhavam uma revista de imprensa cor-de-rosa. O meu amigo interrompeu-as discretamente e chamou a sua companheira à cozinha, onde conversaram por alguns momentos.

Eu e R. ficámos na sala, trocando olhares cheios de desejo e cumplicidade. Sabíamos que saindo dali, teríamo-nos um ao outro sem quaisquer constrangimentos.

Aquele clima sexualmente tenso foi interrompido pela chegada do casal de regresso da cozinha. D. tomou a dianteira do seu companheiro que a seguia, diante de nós, fixou-me os olhos e disse: “- Sei que o que vamos pedir é um pouco estranho e estejam à vontade para dizer que não…”. No seu tom de voz, notava-se um pouco de nervosismo, mas ao mesmo tempo, denotava-se firmeza de quem sabia o que queria…

Toda a minha atenção fixou a sua boca, enquanto cada palavra saía da boca de D. “ – … já tínhamos falado sobre isto entre nós, e queríamos experimentar uma coisa nova, um swing com vocês. Não pensem que já tínhamos planeado isto, para esta noite…”

Enquanto D. se afogava em floreados e se afastava daquele discurso tão directo, eu e R., trocávamos olhares surpresos, não pelo assunto em si, mas pela forma directa como D. o abordou.

Depois de um momento constrangedor, em que sinceramente não sabia o que dizer, o silêncio foi quebrado por R., dizendo: “- Eu alinho! È uma experiência que já me tinha passado pela cabeça e esta noite tornou-se numa oportunidade perfeita!”

Reagi com uma estrondosa gargalhada, para disfarçar o meu nervosismo e incredulidade, mas logo depois recompus-me e com o ar mais envergonhado do mundo interpelei D.: “ – Mas como queres…”. Fui interrompido na minha pergunta, D. pegou-me na mão e dirigiu-me atrás dela para o seu quarto.

Passando pelo hall de entrada, olhei para o cabide onde repousava um chapéu de cowboy, do qual já tinha feito piadas sexuais, numa visita anterior. Peguei no chapéu e levei-o comigo para o quarto.

Sem grandes cerimónias, D. empurrou-me para a cama e arrancou-me o chapéu das mãos, colocando-o na sua cabeça e ficando em pé diante de mim.

“- Hoje não quero barreiras nem tabus. Esta noite, apenas quero tudo menos fazer amor…” – disse, enquanto desapertava botão a botão a sua blusa, revelando um sutiã preto rendado.

Sentei-me diante dela na borda da cama e peguei nos seus seios com ambas as mãos, desviando o sutiã, enquanto expunha os seus mamilos erectos, dos quais me deliciei neles.

D. gemia baixinho e ao mesmo tempo proferia pequenas palavras soltas: “ – isso… chupa-me…morde-os…”

Puxou-me a camisola, trazendo com esta a t-shirt, deixando exposto diante de si o meu tronco nu. Parou por momentos, sorrindo, empurrando-me para trás, obrigando-me a deitar na cama.

Lentamente, sentou-se sobre mim, e beijou-me os mamilos enquanto que com uma mão retirou-me o cinto e de seguida, desabotoou-me as calças, sem pressas, a um ritmo muito sensual.

Foi descendo o meu tronco até chegar ao umbigo, demorando-se por ali, depois foi descendo em direcção ao meu ventre, puxando os meus boxers para baixo, deixando o meu membro erecto exposto à sua mercê.

Olhou para mim, com um sorriso maroto: “-Estás todo depilado… tal como te tinha já imaginado!”, antes de mergulhar a sua boca no meu sexo.

Fez-me um belo sexo oral, aplicando-se tão bem a cada chupadela, saboreando o meu suco, que quase me vim naquele momento.

Despi-lhe as calças e as cuecas, de uma forma atabalhoada e pedi-lhe que a deixasse chupar ao mesmo tempo que ela me fazia a mim. Aquele sessenta e nove tornou-se numa luta de línguas famintas por dar o maior prazer simultaneamente.

Disse-lhe: “-Estou quase a vir-me…”. D. sorriu de novo e levou o seu indicador à sua boca, fazendo o sinal para me calar, enquanto que com a outra mão me acariciava vagarosamente o meu pau, e passava com a língua em todo o comprimento do meu membro que pulsava, cheio de tesão. Com calma, foi mantendo a tesão no ponto certo.

Sentou-se em cima de mim e deixou-se penetrar num vai e vem lento, esperando pacientemente que eu controlasse o orgasmo. Sentindo-me de volta no controlo da situação, peguei-lhe nas ancas e começámos a fazer movimentos mais rápidos. Ambos estávamos em êxtase, mas com a consciência que os outros dois estariam num estado eufórico semelhante ao nosso, numa outra divisão daquele apartamento.

Com esse pensamento, empurrei-a fora de mim, encostando-a à parede defronte da cama, o seu corpo ficou refém entre mim e a parede, de costas para mim, levantou uma perna, apoiando-a num banco que jazia por ali, metendo o meu pau dentro dela. Deixando-se esmagar pelo peso do meu corpo a cada penetração, D. soltava gemidos de prazer.

Segredei-lhe: “- Estás a pôr-me louco com esse chapéu! Já te tinha fantasiado assim…”

“- Eu também!” – soltou D., mordendo o lábio de prazer.

Continuámos naquela posição, a um ritmo mais rápido, quase incontrolável. Os nossos corpos suados e quentes entravam em contacto com aquela parede fria. Sentindo que não ia aguentar muito mais, saí dentro dela, D. prontamente se apercebeu do orgasmo iminente, deitando-se na cama, ordenou: “ – Vem-te no meu peito.”

Subi para cima dela, encostando o meu pau no seu peito e vim-me. D. esmagou os seus seios nele e fez-me uma espanholada, prolongando o meu prazer orgásmico.

Caí para o lado esgotado, deitando-me ao lado dela, ela sorriu e pediu-me com uma voz dócil:

“- Ainda aguentas chupar-me até me vir uma última vez contigo?”

Acedi com a cabeça e chupei-a com vontade enquanto ela acariciava o seu clítoris. Pouco tempo depois todo o seu corpo estremecia, denunciando o orgasmo.

Olhámos um para o outro, sorrindo. Sendo interrompidos naquela troca de olhares pelo barulho da porta do quarto a ser aberta lentamente. R. surgiu toda despida sorrindo.

“ – Posso-me juntar?”

“ – Claro que sim!” – respondeu prontamente D.

“ – O teu namorado contou-me da tua outra fantasia e eu aceitei…” – disse R., enquanto se dirigia para a cama.

Sem entender nada do que se passava, observei aquele diálogo e as suas trocas de olhares.

R. deitou-se na cama onde estava D. esperando-a, ignorando completamente a minha presença, começaram a beijar-se. Devagar levantei-me da cama e dirigi-me para um canto do quarto.

Ambas olharam para mim com um sorriso cúmplice. Trocaram carícias entre elas, de uma forma muito sensual, enquanto as observava.

Rapidamente, o meu pau voltou a ficar duro e comecei a acariciá-lo devagar ao ritmo da troca de carícias entre elas. Ainda estava confuso com o que via diante de mim, aquela experiencia tornou-se muito intensa e nunca tinha presenciado nem vivido algo tão tenso sexualmente como aquilo. Tinha sido apanhado completamente desprevenido desde o primeiro minuto que tinha entrado naquele apartamento.

Nessa noite, vim-me pela segunda vez, enquanto elas se fundiam num sessenta e nove sensualíssimo.

Fui pegando nas minhas roupas e dirigi-me para a casa de banho, fechando a porta do quarto por trás de mim, deixando-as gozar aquela experiência sozinhas.

Quando saí da casa de banho, fui à varanda onde o meu amigo se encontrava fumando pacificamente o seu cigarro.

Fumámos ambos os cigarros, sem trocar uma palavra, ambos estávamos numa outra dimensão e ainda não tínhamos voltado à realidade.

Mais tarde, senti um toque ao de leve no ombro, R. surgia nas minhas costas, já com o sobretudo vestido. Dei uma palmada no ombro do meu amigo, despedindo-me dele. R. piscou-lhe o olho e sorriu enquanto nos dirigíamos à porta de casa.

Entrei no carro e confessei a R.: “ – Nunca pensei que isto poderia acontecer… foi surreal…”

“ – Do outro mundo…” – rematou R., enquanto nos olhámos e soltámos uma gargalhada cúmplice.

Foi uma experiencia única, R. nunca mais viu o casal e eu, até aos dias de hoje, frequento a casa destes meus amigos, com a mesma frequência que o fazia anteriormente a este acontecimento.

Nunca abordámos o que se passou naquela noite fria de Inverno e todos guardámos boas recordações, sem contudo a nossa relação de amizade tenha sido beliscada por aquela experiencia.


Fotografia: Gabriela Cravo e Canela@olhares.com

Tratamento de imagem: sofa surfer

13 comentários:

Pearl disse...

O melhor de tudo é manter as amizades, denota maturidade e conforto com o que foi "feito"!!
Gostei muito de ler...muito sensual!estás de parabéns!

beijo para ti

Sofa Surfer disse...

Obrigado Pearl, pelo comentário. Sabe bem saber que esta história foi muito bem apreciada por uma frequentadora tão assídua como tu!

Bjo,

Luxúria x Tentação disse...

Hummmm... pena não ter sido convidada.


*Beijo atrevido*
Tentação

Sofa Surfer disse...

Ola Tentação,
Pois... se fosses convidada, já seria uma história muito grande... para ser contada...

lol

Bjo atrevidissimo,

Canuca disse...

Estas experências são boas quando n são planeadas...adorei a forma como descreveste todos os pormenores, aliás os teus textos são fantásticos ;).

bjo

skymen disse...

estive a dar uma volta pelo teu blog e adorei. até a proxima

abraço

Anónimo disse...

dei uma volta pelo teu blog e adorei. até a proxima

abraços

Sofa Surfer disse...

Ola Canuca é sempre um prazer receber comentários como os teus.
Parecendo que não, tens me dado força para continuar e é com prazer que vejo cada visita tua.
Obrigado e continua a vir aqui a este meu/nosso cantinho.
Bjos

Sofa Surfer disse...

Bem-vindo Skymen,
Todos são bem-vindos aqui a este espaço.
Tens porta aberta para voltar mais vezes.
Abraço

Vitória disse...

Como sempre excelente!

Consegues "enviar-nos" para dentro do texto com tal intensidade que o "vivemos".;)

Beijo

Sofa Surfer disse...

Eh pá oh Vita,
Com esta até me deixaste corado!
:D

Obrigado pelo teu comentário cheio de intensidade!!!
bjokas

Anna disse...

Parabéns sinceros. Dediquei-me a ler cada palavra tua esta tarde e li o blog todo de uma assentada.
bjs

Sofa Surfer disse...

Olá Anna,
Antes demais bem-vinda a este cantinho.
Obrigado pelo teu comentário, também fiquei muito agradado com o teu blog!
Passa mais vezes por aqui, se quiseres, claro!

Bjos,